segunda-feira, novembro 30

Parte V

" o consumo de heroína faz mal e causa dependência. "

Mel estava saindo para o trabalho, e Alex ainda estava dormindo. Seu subconciente estava se preparando para acordar. Mel se lembrou da garrafa de leite vazia, aquela que ela tinha que trocar. Voltou para cozinha e parou na porta da geladeira. Deu um sorriso quando leu a frase, e abriu a porta da geladeira. Retirou a garrafa de lá, e quando virou de frente pra chutar a porta, como ela sempre fazia. Lá estava ele.
Desde sempre Alez foi o que Mel sempre quis. Mesmo com os defeitos, que o fazia tão especial pra ela, mesmo que isso possa parecer bastante clichê. Desde sempre, realmente, ele sempre foi o mais lindo. Os cachos escuros a faziam ficar totalmente enrolada, o sorriso a hipnotizava e os olhos, aqueles olhos verdes que a faziam suspirar profundamente. Quando ela o olhava nos olhos, parecia estar completamente perdida num imenso mar cor-de-musgo.
E lá estava ele, sorrindo pra ela, morrendo de vontade de agarrá-la e não soltá-la nunca mais. Era sempre assim, e seria algo que jamais mudaria. O desejo de um ter o outro, sempre perecia. Mesmo que ambos já pertencessem um ao outro. Ela sorriu de volta, e quando ele olhou nos seus olhos, entendeu tudo que ela queria dizer. Era algo como "nem comece".
Diante da leitura do olhar, Alex fez bico. Mel abriu a boca, e começou a falar:
- Você não vai ficar satisfeito se eu te der só um beijo, então, nem se empol...
Ele sorriu. Tudo foi pelos ares, Mel se derreteu.
E ele fez tudo que sabia não poder, ele a beijou. Dalo a diante, ela não teria mais saída. Ficava mole, sem reação, não conseguia dizer não, não conseguia se afastar dele. O Amor era mais forte do que tudo, a atração era maior do que tudo. Mas, às vezes, o subconcientese sobressaia, e o mesmo avisava que ela precisava ir, mesmo que não quisesse.
Alex sentiu os socos de leve no seu ombro e sorrindo, se afastou. Balbuciou, em êxtase, um "bom trabalho". Mel sorrindo agradeceu ironicamente e assim que saiu pela porta, contou de trás pra frente até três. Ele abriu a porta, e gritou para o andar inteiro ouvir. EU TE AMO, MEL. Ela sorriu, e a resposta saiu entre as altas gargalhadas. Eu também amo você.
Quando chegou no trabalho, Mel contou os segundos até o almoço. Era como se não pudesse suportar a distância, mesmo que momentânea, de Alex. Eles eram perfeiramente ligados, não suportavam a ideia de um viver sem o outro. No final de semana que Alex precisava viajar a trabalho, Mel se sentia vazia como se tivessem arrancado brutalmente uma parte do seu corpo.
Mas Mel não sabia que naquele dia, algo surpreendente aconteceria, no tão esperado encontro do almoço...

Tays Esquivel.

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