terça-feira, novembro 24

Parte I

A tarde fria passava lentamente, ela se aquecia envolvida nos braços dele.
O dialogo era entre os sussurros, o desejo de ter um ao outro prevalecia na atmosfera.
Sentados no sofá, vendo um filme qualquer, nenhum dos dois prestava atenção a nada, excerto ele nos olhos dela e ela nos olhos dele. Se olhavam, como se houvesse uma conversa, e riam ou faziam uma careta, diante do que viam um nos olhos do outro. Um olhar vale mais do que mil palavras. Alí era mesmo assim.
Envolvidos pelo amor, pela paixão, pelo prazer, pela necessidade, pela felicidade imensa alí demonstrada para qualquer um que quisesse ver, eles não deixavam de se sentir só eles. Porque eram só eles. Os mesmos de sempre, unidos de novo num único beijo, numa única carne, num único coração.
Já noite, a Lua Crescente brilha no céu, com a companhia de uma única estrela. Os dois continuam juntos, grudados, como se alguém estivesse pintando um quadro dos sorrisos bobos, ou compondo uma música com as lindas palavras alí ditas. Uma única carne, um único corpo. Os dois unidos numa dança perfeita.

Na manhã do outro dia, ele acorda. Sorrindo, tateando a cama, procurando-a. No instante em que não a sente, o sorriso some, e como se um veneno estivesse passando árdua e lentamente pelo seu corpo, ele sente dor. Suas mãos encontram uma superfície mais lisa, e uma pontada de esperança enche o seu ser. No papel, com letras linda e rápidas, está escrito:

Fui comprar leite, volto em 10 minutos. Amo você.
Mel.
Tays Esquivel.

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